Movendo Montanhas

Fiquem com este vídeo do Moving Moutains, post rock terapêutico. E bom fim de semana.

Tire as mãos do seu rosto pra que eu possa ver
Tudo o que você é e tudo o que costumava ser
Você costumava ser
Para mim, alguma coisa que você não quer ser
Eu sei
Você é como o sol
E eu sou terra
Juntos, somos um
E um dia
Seu fogo vai morrer
E eu vou crescer frio sem a luz do sol
E eu vou congelar, amor
Eu vou morrer
Eu vou congelar
Eu vou morrer por você
Porque as coisas
Elas sempre morrem
Só dê algum tempo, elas sempre morrem
E nós, algum dia, vamos ver nosso amor brilhar
Nosso amor vai brilhar
Seu amor não vai enfraquecer, querida
Amor, eu não posso fazer isso sozinho
Coisas como estas são melhores se incalculáveis
Um dia o sol vai morrer e eu vou crescer frio
Eu espero que um dia seu amor encontre o caminho de casa.

Bebida, blah!

Pois é, em 2010, consigo contar nos dedos minhas bebedeiras.

Existem algumas sensações um tanto dolorosas.

Uma delas não é a saudade do sabor do álcool, nem nada parecido. O que faz falta é a sensação de ter ultrapassado os limites de sua razão, de desligar o botão da civilidade, de se comportar como alguém que não dá a mínima pra nada.

Aquela leveza que te dá dividir 4 garrafas de cerveja e uma ou outra dose de qualquer bebida quente com um amigo em um boteco sujo na rua Augusta, em volta de uma mesa de bilhar, roubando bolas e colocando Raça Negra na Jukebox, só porque você lembra que o vocalista tem a língua presa e isso vai ser motivo de risadas pelo resto da noite.

E você, amigo do fórum, que está numas de me indicar o canhamo e imaginou que eu ainda não pensei nisso como uma solução tátil para o problema: Think again.

Outro fator: quando estou bêbado, qualquer lugar parece seguro, o que já me fez caminhar de madrugada pelo escadão da nove de julho, do Pq. do Lago ao Capão Redondo, como se fossem lugares vigiados 24×7, numa tranquilidade como se andasse com guarda-costas ou como se estivesse só no mundo.

Mas claro, dá pra sentir falta de whisky, por exemplo. Logo, a primeira decisão para 2011 é comprar uma garrafa de Jack Daniels e sair pelo Capão Redondo a pé.

Dilemas da vida social

“A vida é feita de compromissos”. A frase que todas as pessoas chatas e/ou implicantes dizem. Embora eu tenha receio em concordar com esse tipo de gente que anda engravatado, com celulares à vista e óculos de sol ocupando o lugar de uma tiara, desta vez eles me pegaram.

Sempre que ouvia essa frase ou algo do tipo pensava em alguém que marca compromissos numa agenda igual a daquela comédia com o James Belushi cheia de datas e post-its, rabiscos e telefones, chaves reserva, sabe, aquele modo de vida executivo.

Mas existem outros tipos de compromissos para gente comum como nós (?) como o aniversário da mãe do seu melhor amigo que está doente e você precisa estar lá para apoiá-lo, ou a formatura daquela sua prima desgarrada que você não vê a dez anos, mas sua mãe acha importante que você esteja presente, dando aquela força. Não indo tão longe, tem aquele seu amigo da faculdade que você não vê a algum tempo, mas esbarrou na rua meses atrás e ele lembrou de te convidar pro seu aniversário. E aí você se lembra que o cara era gente fina na faculdade. E você vai.

As pessoas se entopem de compromissos e formam uma aproximação que muitas vezes não é saudável. E se esse meu amigo da faculdade se tornou um babaca insuportável? E se sua prima não dá a mínima? E se a mãe do seu amigo preferir estar em casa sozinha, com os seus, um bolinho e descanso?

No fundo, um decide pelo outro. Meu amigo achou que sua mãe estaria melhor com todos os amigos dele em volta dela. Minha mãe previu que minha prima gostava de mim e minha presença era realmente importante. E meu amigo pensou que todos os amigos dele gostariam de estar numa festa para o anviersário dele.

Bem, é preciso considerar o fato de que podemos estar errados quando decidimos pelos outros. Criamos ciclos de amizades falsas que, muitas vezes não rolam. Acho que estou dizendo que é possível as pessoas ao seu redor tem o direito de achar você um pé no saco, mesmo você tentando ser um cara gentil.

Portanto, não empurre seus chatings forçados pra cima de mim.