um dia daqueles

Apenas finalizando o descontentamento sobre o carro no post anterior. Depois de ter trocado o pneu às 7h da manhã explodindo com a minha programação, cheguei no escritório e meu computador não funcionou. O cara da TI descobriu que possivelmente havia queimado minha placa de rede. Pediu pra fazer um backup de tudo o que tinha no computador. Um backup. Com aquele monte de vídeos meus tocando violão, episódios de game of thrones que nunca levei pra casa, ensaios em mp3, músicas gravadas no celular pra mostrar pros amigos. Caio Fernando Abreu disse que um filho da puta sem arquivos no computador é um filho da puta que reiniciou a própria vida (proj. Leo Polisson de frases aleatoriamente inventadas para Caio Fernando Abreu). Como se não bastasse a pressão de ter de escolher entre arquivos que caberiam no meu pen drive, havia um cara me esperando para fazer isso. Acabei deletando quase tudo. Peguei o disco do Leo Middea que tinha acabado de levar pro trampo. Meu setlist do pode pá pro próximo show (ninguém vai lembrar, mas é bom sempre ter em mente). Duas fotos. Rascunhos e Excéis (pior palavra possível, desculpem). E mais nada. Daí o cara instalou um computador novo. Obviamente não funcionou e esta foi a história de como perdi todos os meus arquivos sem a menor necessidade, mas você também não esperava um final feliz aqui, vamos ser sinceros.

parada solicitada

Meu carro acabou de sair do conserto (pensei em escrever “concerto” pra vocês imaginarem um Autobot descendo as escadas do municipal dizendo “essas missas de Mozart já foram melhores”).

Acho que não falei da cena em que o carro pegou fogo (se falei, superem). Calma. Não foi comigo dentro, não foi nem sequer por inteiro. Aconteceu uns meses atrás, quando tentei dar a partida e senti cheiro de gás. Saí pra abrir o capô e estava tudo em chamas. Resumindo uma história cuja moral é “jamais confie em seu extintor”, eu acabei conseguindo apagar.

Isso posto, eu passei a conhecer as formas de transporte coletivo da minha nova cidade. Cajamar tem muitos ônibus intermunicipais cuja passagem custa um kinder ovo (referências adultas, não trabalhamos) e uns três ou quatro municipais, cujo valor é mais sensato (se você julgar 3,50 sensato, obviamente). Neste ínterim conheci motoristas e cobradores e horários e pessoas. E maneiras de ir até o Capão Redondo sem estressar demais.

Foi uma boa época para entender melhor tudo por aqui. Eu ainda não tinha vivido o quoeficiente rua da cidade. O frio dos pontos de ônibus, a absurda subida a pé até o condomínio, que faz a subida do Horto do Ipê parecer uma escadinha rolante de shopping center.

Daí o carro volta com a bateria semi exausta por meses fora de uso. Os freios gritam por pastilhas novas. Fazem um barulho tão intenso que assusta os passantes. O pneu furou na segunda-feira, vejam vocês. E a minha falta de otimismo para com este meio de transporte está sendo completamente enterrada.

Apparently, it’s time to VAI DESCER, MOTÔ!