Top 5 Filhos da Puta no trânsito

Um top 5 que me veio à mente hoje de manhã, pelo tanto de calhordas que encontro nas ruas a caminho do trabalho. Em boa parte são homens burros e não mulheres inexperientes, diga-se de passagem. Acorda, Brasil, os rótulos já devem ser trocados.

#5 O filho da puta que usa faróis de milha e Xenon – como se o mundo fosse uma filial de Sin City cujas luzes mal conseguem iluminar a cara do Bruce Willis. E aí ele brinca de deixar as lâmpadas pro alto, afim de protagonizar um espetáculo de luz e magia no meio da marginal pinheiros, numa confusa tentativa de ofuscar as noites do Jóquei e esquentando as costas do motorista à sua frente. Geralmente o cara tem um carro importado e quer te ultrapassar mesmo quando você está na velocidade máxima permitida na faixa da direita, ele acende o farol alto numa provável tentativa de enganar o seu relógio biológico que não entende mais se é dia ou noite. Tudo isso pra mostrar que você não é ninguém para atravessar a pista que ele trata como um tapete vermelho.

#4 O filho da puta ‘DEAL WITH IT’ Daí que aquele V.U.C de entrega pára no final da rua pra descarregar e interdita o local. Você tem que se acostumar com isso, pois ele não pode fazer nada, é o trabalho dele. Ou aqueles caras que estacionam em duas vagas no shoppings e estacionamentos em geral. Ou aqueles outros que querem conversar com as meninas do pedágio, sabe? Esse tipo de gente não liga de parar o carro na sua frente e ir comprar amendoim torrado, conheço um caso em que o malandro saiu do carro para urinar no meio do trânsito da Marginal Pinheiros. Óbvio, Murphy deu uma força. Ele esperou tanto pra fazer isso que, imediatamente ao sair do carro e começar a descarregar, o trânsito voltou a andar e ficou completamente constrangido no meio da multidão. Esses filhos da puta geralmente pagam.

#3 O filho da puta que só sai da sua frente antes do radar – Esse não é grave, mas irrita pensar que o malandro realmente acha que alguém ainda cai nessa. Vamos a reconstituição: Você está andando na faixa da esquerda, com alguma velocidade e tem um tiozinho na sua frente a 60km/h que segura toda uma horda de gente apressada, incluindo você. Pouco antes de chegar no radar (e aqui eu presumo que todas as pessoas que passam pelos mesmos lugares diariamente sabem onde ficam os radares da cidade) o tiozinho faz de tudo pra sair da sua frente, na intenção de que você, um apressado que deve estar puto, acelere com raiva e sem prestar atenção ao radar, garantindo uma multa. É comum também que o tiozinho dê alguma risada maquiavélica olhando pra você e comentando com outra pessoa, bem como é comum um cara de meia idade achar que está sacaneando o universo, rir e fingir uma pose like a boss qualquer. Eles sempre riem e se fazem de superiores porque quando você passa eles, automaticamente, eles pensam que você ultrapassou os limites de velocidade quando na verdade você pode apenas ter acelerado mais 5Km/h e saído da situação com uma raiva desconcertante.

#2 O filho da puta que não dá seta – Esse não precisa explicar, acredito. Você precisa avisar quando vai atravessar de faixa, certo, praticamente todas as pessoas do mundo, mesmo as que não dirigem, sabem disso. Agora nego troca de faixa como se estivesse numa partidinha de Cruisin’ USA no shopping, manja? Além disso, existem diversas categorias dessa filhadaputice, cujas três principais são a) o fulano que vira o volante antes de dar a seta ou de olhar para o lado, sendo esta a mais comum e digna de perdão se o safado assume a culpa, b) o fulano que faz os três movimentos num só: dá a seta, olha pro lado e vira o volante ao mesmo tempo, geralmente achando que está com a razão absoluta e c) o cara que joga o carro na sua frente e acha OK porque você deveria estar prestando mais atenção etc. Todos filhos de uma mesma puta.

#1 O filho da puta que buzina em congestionamento – Cara, sério. Essa é uma característica que, se um dia eu tiver uma filha e ela levar o namorado em casa, eu terei de questionar se o malandro buzina quando o trânsito pára. Porque olha, não dá pra confiar nesse tipo de gente. Caro futuro candidato a genro, se o trânsito não está andando, eu tenho certeza que o cara da minha frente ou mesmo todos os 3.670 carros na minha frente também não necessariamente optaram por estar ali. Sempre imagino que essas pessoas buzinem tanto com a mesma prerrogativa da torcida que tenta ganhar o juiz no grito. Uma pessoa que buzina dessa forma indiscriminada quer tratamento especial, como todos os outros, mas quer também convencer todos os motoristas ao seu redor de que aquilo ali dá pra melhorar, é só cada um fazer sua parte e buzinar como se não houvesse amanhã. Quase um manifestante Geisy Arruda style. Deve ser por isso que sempre tem alguns influenciáveis que entram no embalo.

Como consigo saber quem ‘Curtiu’ um post do meu blog?

Para não trabalhar no sensacionalismo barato exacerbado e nos maus costumes, deixando a parte principal no final do texto, a resposta ao título do post é: você não consegue.

Hoje, após trocas de e-mails, DMs e comentários com o amigo Leo Pollisson, descobri porque não conseguimos ver nomes e fotos de todas as pessoas que curtiram um post no nosso blog. Encontrei no Quora uma boa explicação feita por Sarah Dopp e que você pode acompanhar abaixo através dessa tradução singela:

Claro, essa explicação só vale depois de você ter instalado o botão de curtir em cada post do seu blog.

Tenho certeza que não rola. É possível ver quais dos seus amigos curtiram o post, mas isso não permite saber quais pessoas fora de sua lista curtiram o post, provavelmente por razões de privacidade.

De um post explicativo no Facebook:

“os plugins foram desenvolvidos para que os sites que você está visitando não recebam nenhuma de suas informações”
(em outras palavras, os dados sobre os ‘curtir’ do site não são seus dados, são do Facebook)

A parte confusa:

Pessoas além de meus amigos vão ver o que eu curto ou recomendo?
Sim, você deve considerar os ‘curtir’ e ‘recomendações’ que você escolher como informação pública, como quando você comenta ou escreve reviews em sites comuns, ou se conecta com páginas do Facebook. Baseado no feedback que recebemos, nós modificamos os plugins do Curtir, Activity Feed e Recomendações para mostrar apenas nomes e avatares dos seus amigos e mostrar os likes e recomendações de pessoas fora da sua lista através do formato (“10 outras pessoas curtiram isso”).

Parece que o Facebook queria que essas informações fossem públicas, mas alterou as configurações pela quantidade de gente reclamando.

Isso deve impedir que nego fique criando mala direta baseado nas pessoas que curtiram um post aleatório do blog e que talvez não curtam mais nada além daquele post. É até que plausível desse ponto de vista, mas ainda deve irritar um ou outro problogger neurótico.

Problem solved.

Explica, Discovery

Acho que a grande diferença entre a minha geração e a de meus pais se baseia em metalinguagem, análise crítica e auto questionamento. Acredito que as pessoas como eu que eram jovens nos anos 70 não se importavam tanto em pensar em determinados aspectos de suas experiências, ou não se importavam tanto sobre como era feita a produção de livros, filmes e dispositivos culturais em geral (ok, ‘dispositivos culturais’ eu aprendi num edital do governo).

Estava assistindo um programa da Discovery que se chama Casal Selvagem. Nele, um homem e uma mulher se jogam em lugares perdidos do mundo como uma savana africana, florestas da América do Sul ou ilhotas no meio do oceano índico e mostram como sobreviver para não ser picado por mosquitos que transmitam malária ou comido por jacarés.

Gosto muito deste tipo de programação, embora não acredite no que isso poderá me ajudar um dia, visto que, numa hecatombe apocalíptica, eu, o gordo que fuma e corre menos que o resto da humanidade, tenho chances reduzidas de me salvar.

Estes programas são compostos pelo seguinte casting: o casal, protagonista, que vai caçar, montar o abrigo com folhas de bananeira e correr dos leões; uma equipe de câmeras-man que acompanham, provavelmente dois, no máximo três, tendo em vista o jogo de câmeras, mesmo à noite, por exemplo; e um helicóptero que faz vídeos aéreos. Preste atenção no helicóptero, ele será bem útil ao final deste texto.

Se todo o programa é seguido por câmeras-man, eles é que deviam receber os louros. E devemos refletir também: se o casal está no meio de uma tenda de folhas acovardados pelos perigos de um lugar misterioso, o que dirá dos câmeras, que durante todo o processo de montagem desse abrigo estavam apenas registrando tudo?

O casal passa três dias no lugar e, quando começam a se ambientar, vão embora. Funciona mais ou menos como meus finais de semana no litoral. No terceiro dia, um helicóptero vasculha a região em sua busca. OK, agora vem a dúvida: como o programa pode apresentar imagens aéreas no seu decorrer e depois alegar que um helicóptero vai vasculhar o local em busca da equipe, supostamente desaparecida?

A não ser que a produção do programa tenha contratado águias selvagens formadas em audiovisual para fazer as imagens aéreas, algo não encaixa direito em toda essa história.

O Doom da Vida

Acabei de voltar do banheiro com isso na cabeça, tive o insight quando coloquei a chave no trinco. Nossa vida é uma versão dramática e boring daquele jogo que era febre no final dos anos 90, o Doom. Portanto, não, eu não errei o título deste post, é só um outro distúrbio que tenho de criar trocadilhos para títulos, como diz a bio na barra lateral.

O que é a vida, senão um Doom sem armas? A sentença não vale para traficantes cariocas, deixemos isso claro. Na verdade, a vida é uma versão de The Sims inspirada na visão em primeira pessoa de Doom. Porque viver é ter uma ficha pra jogar, certo?

E eu lembro do João, que hoje não tem mais blog, infelizmente, me mostrando um artigo na Superinteressante que dizia existir 43% de chances da nossa realidade ser virtual. E lembro de How I met your mother dizendo que todas as estatísticas que terminam com ‘3’ (tipo 43%) são falsas para impressionar mulheres. E eu lembro daquele What is Reality da BBC que eu ainda não tive coragem de assistir inteiro. É claro que é tudo parte da mesma conspiração, não poderia ser mais óbvio.

Um clássico pensamento inútil de quem não tem mais o que fazer a não ser dar contribuições para o layout novo do blog do Leo, que ainda não estreou com post novo, mas já está pronto.

Não é preciso dizer que esse texto não faz o menor sentido e vou terminar por aqui antes que eu tome a sábia decisão de deletar tudo.

Filmes e mais filmes #cinemaday

Eu tentei ver ‘Alice no País das Maravilhas’, sozinho em casa, sem sucesso. Impossível ver filmes dublados quando você lembra a voz do ator. Depois tentei ‘Os delírios de Consumo de Becky Bloom’ com a Denise, por afeto, como podem imaginar. Quando eu achei que não conseguiria ver mais nenhum filme no final de semana, emendo esses três:

Tropa de Elite 2
Quase uma década de atraso sobre o filme porque não trabalhamos com hypes e prazos, OK? Filmes sobre os problemas de segurança pública do Rio de Janeiro além de se tornarem rotina para documentaristas sem muito o que fazer sempre enchem nosso vocabulário informal de termos e novas gírias como “o cara acha que é o pica das galáxias” e “quer me foder, me beija”, sem contar a inclusão inconsciente de ‘parceiro’ ao final de cada simples sentença. Como todos disseram, o segundo filme é menos sangue e mais raciocínio, menos neguinho correndo e mais político almoçando. De certa forma, essa receita conseguiu sair do lugar comum dos filmes sobre o RJ, na tentativa de explicar o labirinto que é o sistema, porque como diz a frase principal de Nascimento no filme, ‘o policial não puxa esse gatilho sozinho’. O filme quer apontar que o cerne da questão é tão profundo que quase chega a ser mítico. Filmaço, o primeiro (e talvez único) bom filme de ação nacional que conheci. Também pudera, ‘o sistema é foda, parceiro’.

Predador, Predator
Assisti ao lado da Denise que infelizmente lembra das cenas de quase 20 anos atrás como se tivesse visto o filme no cinema na semana passada. Que memória, amigos. Uma pena só ter servido pra contar antes e estragar parte das emoções com o Schwarzenegger e o Apollo (Rocky), carinhosamente apelidado por mim de SchwarzeNIGGER tendo em vista os bíceps dos malandros são duas versões da mesma parada. Também pensava que ver esses filmes novamente depois de tanto tempo feria uma regra importante da vida, a de que você deve eternizá-los no passado. Nada disso. É bom lembrar dessa época que os filmes não tinham relação direta com política e que o cara podia invadir pequenos vilarejos e matar todas as pessoas sem ser incomodado por questões de direitos humanos. Na época que os filmes de ficção não tentavam contar a história da humanidade através de parabólas, sabe? O Predador marca essa era.

Cisne Negro, Black Swan
Belíssimo filme, daqueles que misturam um mundo de uma mente perturbada com o mundo real (é exatamente isso que faz de ‘Clube da Luta’ e ‘Uma mente brilhante’ meus filmes preferidos). Natalie Portman é uma dançarina de ballet dedicada e insegura que, depois de ser escolhida para o papel principal em ‘O Lago dos Cisnes’ acaba carregando mais problemas do que pode suportar e termina com sérios danos psicológicos. O filme é sobre a busca do lado negro por uma menina boazinha e quase estúpida. Uma descoberta difícil e quase inalcançável, tendo em vista a rejeição da garota a novas experiências. Vale ressaltar, é possível ver o filme sem saber que diabos é ‘O Lago dos Cisnes’ e sem ter nenhuma referência sobre ballet. Achei menos piegas do que bradaram os críticos, mas quem confia neles? A inconstância e a fragilidade da protagonista fazem de Cisne Negro um excelente filme, sem dúvida, mais que uma simples história de superação, uma história sobre até onde os limites ultrapassados podem levar uma pessoa.

Exercício de Depressão

Imagine que você vá morrer amanhã. Sem tragédia, um acontecimento qualquer, fique tranks. E então acredite que, por uma intervenção mística, você fica sabendo da fatalidade com um dia de antecedência. O dia de hoje.

Comece a pensar nas cartas que escreveria para cada pessoa que conhece e se importa. Não pegue caneta e papel, apenas imagine o que iria escrever para cada pessoa. Considere também que ninguém mais vai ler a carta, além do destinatário. Tudo o que estiver escrito ali será contado para aquela única pessoa.

Não é preciso escrever a carta num papel de verdade, pois isso torna tudo mais verdadeiro e perde o foco através da subjetividade que você imprime em cada assunto tratado, em cada sujeito. Digamos que, para minha namorada eu ia querer ‘decorar’ a carta com palavras bonitas para que criasse algo que ela jamais esquecesse, mesmo que isso não representasse exatamente o que eu gostaria de dizer. E não é esse o intuito. Você quer apenas dizer o que está em seu coração. Sem bons adjetivos, sem piadinhas riscadas sem floreios. Dessa vez é só você e as palavras que começam a sair quase que involuntariamente.

Para tudo isso é preciso adentrar a sua existência, mergulhar em reclusão, apego e individualidade, coisa de trinta minutos resolve. Você precisa apenas pensar no que deixaria de lembrança aos seus. É simples, mas pode ser também assustador. Você pode se pegar escrevendo cartas para pessoas que não imaginaria e tocando em monstros adormecidos que nunca deu maior atenção.

Não se esqueça dos lenços de papel. Sério.

Essa é uma forma que encontrei de descobrir meus erros, assuntos inacabados, o amor que não sou capaz de distribuir, as dívidas emocionais eternas, as desculpas que esqueci de dar, os segredos que deixei de contar. Apesar de um exercício triste e depressivo como sugere o título, me foi muito útil para descobrir onde realmente estava meu coração, or shit like that.

Fiz isso no início de um pequeno surto depressivo, dias atrás. O processo é meio doloroso, talvez até um pouco angustiante quando você começa a pensar porque diabos você simplesmente não fala isso para essas pessoas e acaba logo com essa porcaria. Mas quando terminar, você estará mais relaxado do que prometem as seções de yoga compradas no Peixe Urbano.

Pode não funcionar pra todo mundo, mas pra mim foi excelente. Não vou fazer com frequência porque preciso de paz, uma casa vazia e fazer isso toda semana pode se tornar um costume entediante, quando não, repetitivo. Mas hora ou outra, naqueles dias que estiver com um tiquinho de afasia e depressão, volto a ‘escrever’ minhas cartas.

Weirdos e Thom Yorkes do mundo, uni-vos!

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Por alguma razão lembrei do Living Funeral que aparece no filme The Weather Man, uma obra-prima para a depressão com o Nicolas Cage.

SAC da droga e perca o medo de dirigir

Dois causos, porque a vida, amigos, sempre volta ao normal.

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Dois amigos meus estão afastados das drogas há uns bons seis meses, pelo menos. E isso é muito sério, não vou fazer a piada padrão do CQC e dizer que eles deixaram de ouvir Calypso. Eram drogas, mesmo, substâncias ilícitas que podem levar à prisão ou a uma forte dependência química.

Daí que um terceiro conhecido liga em casa ontem, 23h30 me perguntando se sabia outro telefone de um deles, porque havia ligado e nada. Respondi que só sabia aquele número mesmo e faz tempo que não o vejo etc. Dou o telefone do outro amigo. Ele retorna e diz que ele não está em casa.

E é quando eu descubro.

– Po, zuado, mas ele nem tem mais celular – digo naquela vibe, ‘porra, mano, não posso mais te ajudar, se vira!’
– Sério? Ele transformou o celular em pedra?
– heheh, pode crer. ¬¬
– Então, velho, é que eu queria um esquema pra pegar um papel
– Ah, é foda, mas então…

E essa é a história de como meu telefone de casa se tornou uma central de relacionamento para viciados. Isso sem contar minha inabilidade para perceber que o cara queria pedir drogas para dois amigos que estão se esforçando no level hard para manter a sobriedade.

***

Vindo para o trabalho hoje, na avenida perto de casa, a mulher do carro da frente pisa no freio como se estivesse à beira de um precipício e quase me faz voar pelo vidro na tentativa de não encostar no carro dela.

Se eu pelo menos a conhecesse, ela teria acesso à minha aula psicológica para novos motoristas que consiste na única frase: “dirigir é a mesma coisa que andar na rua, você só não pode esbarrar em ninguém”.

Ando vendo muita gente dirigindo devagar e só pode ser uma das duas alternativas: ou (a) estou sempre muito atrasado e querendo todo mundo fora do meu caminho ou (b) meu bairro se transformou numa vila para auto escolas clandestinas “perca o medo de dirigir” style.

Mens sana in corpore sano

“Quando você vai cuidar do corpo você pendura o cérebro no vestiário. Esse problema se tornou ainda mais sério nas academias quando as máquinas de movimento guiado explodiram. E movimento guiado não precisa ser pensado. Isso é algo muito sério.”

[…]

“Minha história é a de alguém que foi obrigada a não acreditar em limite para sobreviver. Os limites que contaram para mim que existiam.”

Marília Coutinho, irmã do cartunista Laerte, bióloga ph.D e uma das maiores halterofilistas do Brasil, conta em entrevista à revista Trip como, através da dedicação ao esporte, se livrou de um distúrbio mental destrutivo que a acompanhou por quase toda sua vida.

Late adopter

Essa semana chegou o Samsung Galaxy Tab da Gi Gomes e eu estava tão ansioso quanto ela, que levou no trabalho pra que eu pudesse ver em funcionamento. Ele é pequeno, tem sete polegadas, mas é um tamanho ideal para ler, usar a internet, atualizar redes sociais, assistir vídeos e levar no ônibus. É do tamanho de uns 3 celulares Blackberry, achei suficiente.

O problema é que ele também custa como uns 3 celulares Blackberry. 2 mil reais fora a conta do chip 3G, que se torna uma mensalidade além do aparelho, mas dessa não se tem como fugir, a não ser que você tenha um amigo que compartilhe a rede wi-fi e esteja disposto a tomar uma multa da Anatel.

Daí que o malandro que entrou essa semana trouxe seu iPad logo no segundo dia. A parada é linda, bem acabada, os jogos são sensacionais, a usabilidade, a velocidade na leitura dos ebooks e pdfs, mas, tudo tem um mas, acabei achando as quase 10 polegadas um trambolhão desnecessário se comparado ao Galaxy.

A vantagem é que o cara pediu para um amigo trazer de fora e acabou pagando sem impostos uns módicos 750 reais além do trabalho atrás de tutoriais para desbloquear o aparelho.

Minha resolução final sobre esses gadgets é que eles são ideais para mobilidade, para quem anda de trem, para quem precisa escrever dentro do taxi ou do ônibus, pra quem precisa uma forma boa para apresentar um portfolio (no caso da Gi), ou apenas abandonar seu PSP (no caso do cara novo), mas ainda consigo viver alguns anos sem eles.

Como nunca tive um MP3 player, só comprei meu primeiro celular com internet no ano passado e tive meu primeiro pendrive só esse ano, claro que não sou parâmetro.