Drink problems

Ontem fiz uma daquelas merdas monumentais que a gente se pergunta ‘onde é que eu estava com a cabeça?’. E, claro, decepcionei a Denise, a família dela, meus pais e a torcida jovem do Flamengo, basicamente.

Bebedeira no casamento da Chiba.

Claro, eu perdi o controle com o Black Label a vontade. Me lembro de ter ido pra pista dançar, – você, leitor deste blog, não tem noção do desprendimento moral que isso significa pra mim – depois tenho três flashes. No primeiro estou caído na sarjeta de uma alameda, tentando sair do carro. Na segunda, estou vomitando na minha camisa e, finalmente na terceira, estou no chuveiro da casa do meu cunhado.

Abandonei aquela fase imbecil em que bebemos só pra contar o quanto de bebida aguentamos e como somos inconsequentes etc. Uma bebedeira como essa vai ser inesquecível, mas de um jeito grotesco, como uma desgraça, uma maldição.

Tudo o que eu não queria aconteceu. A Denise me acompanhou, fez de tudo pra me levar pra casa seguro. A única coisa que perguntei a ela foi se eu a tinha envergonhado publicamente. Derrotados, eis seu novo líder.

Errar é uma parte da vida que a gente não decide. E a consciência pesada é meu túmulo de más escolhas. Pedi desculpas óbvias, mas eu não espero que ela aceite.

A aliança ela deixou na minha carteira.

e, provavelmente, nem vou falar sobre o Rage Against no SWU, devido aos fatos.

Misantropia é a palavra

Certa vez um amigo da roda comentou que conseguiria telefones Nextel mais baratos, se pelo menos quatro de nós comprassem juntos.

O que seria maravilhoso, do ponto de vista dele, era que poderíamos chamar uns aos outros a qualquer momento do dia, onde quer que estivéssemos, com aquele beep tão pouco constrangedor.

Tudo isso por menos de 800 reais, sem mensalidade, até 2012. E com o fim do mundo e tal, não precisaríamos de um novo plano desses nunca mais. OK, a parte apocalíptica foi o que me passou na cabeça.

-A gente ia rir o dia inteiro, ô, ia ser da hora, fala aí – exclamava imperioso
-Mas, mano, eu poderia te ligar qualquer hora do dia que eu quisesse – digo, quebrando o clima

‘Se eu quisesse’ foi a frase final dita nas entrelinhas. Aí nego fica doído, ‘não, beleza, só achei que a gente ia poder conversar mais’ e me dá certa pena até mudarmos de assunto.

Bom senso, dude, bom senso.

Eu ia comentar esse causo no post do blog da Karina, mas acabou ficando grande demais. E não vou forçar a barra no comment box dela, certo?

Minutos de sabedoria

Dia desses, na redação:

Chiba: Sol, você tem muita coisa aí pendente pra fazer?
Solon: Não, tenho bem pouco!
Eu: Wrong answer, man.
Sólon: Por que?
Eu: Vai por mim.

Minutos depois…

Chiba: Sol, então, você vai cuidar das minhas pendências enquanto eu estiver de licença, tá?
Eu: Falei?
Solon: Putz.

Penso seriamente em montar um caderninho do que fazer para não se dar mal em casos dese tipo.

Sonhos da noite passada

#001
Cheguei na casa do Leo, ele disse que tinha inventado um tipo de ácido ou qualquer coisa química, misturando pasta de barbear, halls azul e aquela pasta de dente com gel e glitter.

Amarradão, sentei na sala e pedi pra ele me mostrar como funcionava. Juntou as substâncias e me explicou a função de cada uma, pique Laboratório de Dexter.

Começou a fazer fumaça e um cheiro terrível do chão que queimava.

#002
Desço do prédio de manhã, de shorts e tênis de malhação, começo a andar no sentido da academia, seriamente pensando em ir, mas quase desistindo, lembro de ter parado pra batucar com os dedos em algum carro, fingir que estava esperando alguém e subir, vergonhosamente.

Então olho pra trás e vejo uma menina que estudou comigo a vida toda fazendo uma caminhada de calças brancas (segundo a Denise, preferência nacional), iPod branco e camisa branca, com a estampa de um cartoon do Allan Sieber.

Passou e não percebeu minha presença, tentei gritar alguma coisa, mas minhas regras de etiqueta pessoais não permitiram.

Como se nada tivesse acontecido, subi pra casa coçando a cabeça e imaginando se ela assinava o feed do Alan Sieber.

Recomendações do coração

Amig@s, venho por meio deste post indicar o Zuei de Chanel, blog da minha garota.

A Denise é dessas pessoas que escrevem bem mesmo os e-mails pessoais mais rotineiros e consegue ser profunda até nos post-its colados no monitor. Claro que sempre ficava maluco por ela não ter nenhum relicário virtual onde pudesse guardar seus pensamentos.

Ela vai escrever sobre moda, envolver música, cinema e qualquer outra coisa que lhe cause distúrbio nos sentidos. Coisa fina, vão por mim.

Fica a diva.

A lógica das academias

Eu sou gordo, OK? ‘Obeso’ e ‘mórbido’, talvez sejam as palavras. Com anos de experiência adquirida, sei como lidar quando penso ‘po, agora até que daria pra fazer aquela academia tal’. Encho a cabeça com frases de estímulo e conforto, mesmo sabendo que a sensação acaba depois da primeira semana.

Se torna penoso ter de frequentar o lugar.

Foi então que desenvolvi essa lógica sobre academias. Academias além de lugares quentes, com aparelhos intimidadores e gente respigando suor na sua garrafa de água, são instituições burocráticas que visam lucro.

Tome como comparativo um hospital. Quando você aparece mal por lá, os médicos e enfermeiras querem que você saia feliz, são e recuperado de seu problema. As academias querem que você se matricule no plano anual. As academias querem que você gaste dinheiro que não tem garantindo resultados que você não vai conseguir. As academias querem mensalidades pagas ao final do mês. Nothing.else.matters.

Pode falar. Eu sei quando soa rancoroso da minha parte.

Na última academia que fiz, eu entrava às 22h20 e saía 00h10. Geralmente, o último a sair. E digo que não é agradável fazer abdominais com a recepcionista te olhando com aquela cara de ‘que droga esse gordo acha que vai conseguir, vamos embora, você vai desistir de qualquer jeito’.

Está aí outro ponto: Eles não acreditam em você. Eles perguntam sua disponibilidade, questionam sua alimentação. Burocracia. Eles não dão a mínima.

Nesta última academia que frequentei, eles se davam ao trabalho de ligar quando você faltava duas semanas. ‘Claro, Robson, eles queriam que você voltasse e quem sabe…’ BULLSHIT. Eles me ligavam para que eu não chegasse às vias de fato e desistisse, pois seria ruim para os negócios ter um aluno a menos.

Se eu pudesse, criaria academias com turmas. Como um curso de verão para os fisicamente inapropriados. Assim teriam chance os magricelas, os gordos, os terapêuticos. Os bombadinhos e as garotas que dão bola a eles também teriam sua turma super descolada aprontando altas aventuras. Cada um a seu modo, cada um no seu redondo.

O último trocadilho foi desnecessário, assumo.

[já pensei uma vez sobre a existência de uma sociedade secreta de donos de academias, em que eles decidem o que fazer com alunos, manipulam resultados de testes físicos, balanças e halteres. Não levei a idéia pra frente por motivos óbvios]

Sangue verdadeiro

  1. Robson Assis
    bigblackbastard A seguir, minhas constatações menores sobre True Blood 22 Sep 2010 from Echofon
  2. Robson Assis
    bigblackbastard A protagonista está doentiamente inserida naquele parada dos filmes de terror de correr atrás do perigo e não o contrário 22 Sep 2010 from Echofon
  3. Robson Assis
    bigblackbastard O caipira imbecil estilo ‘Os Gatões’ tenta ser engraçado, mas apenas cumpre com louvor seu papel de panaca limitado 22 Sep 2010 from Echofon
  4. Robson Assis
    bigblackbastard Na época da série, a humanidade vive uma espécie de apartheid de vampiros legal pra teorizar (lookin’ the bright side) 22 Sep 2010 from Echofon
  5. Robson Assis
    bigblackbastard Os vampiros não são bonzinhos e, embora sejam fortes e assassinos, não tem uma palavra forte que as pessoas obedeçam. Pique Dorival 22 Sep 2010 from Echofon
  6. Robson Assis
    bigblackbastard Os personagens são forçadamente caipiras do naipe ‘you know, I like kids…& donuts’ 22 Sep 2010 from Echofon

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Sério, estou assistindo True Blood por recomendação da Denise. É meio que um The O.C caipira e com vampiros, até onde minha limitação em conhecimento de séries pode me levar. Apesar de toda essa descrença nos tweets, posso dizer que cada personagem poderia facilmente ter uma série exclusiva sobre sua história.

Na verdade, minha sensação é a de que o diretor criou a parada com tanto entusiasmo, naquele melhor estilo Precious: Ela vai ser negra, não, não… Ela vai ser negra e ter uma mãe alcoólatra, não, não, espera. Ela vai ser negra, ter uma mãe alcoólatra e cristã, com um demônio no corpo. Ela vai mascar chicletes em todas as cenas e vai ter um primo. Sim, um primo, saca só. O cara vai ser bissexual, negro, fazer trabalhos eróticos pra gente famosa e vai ter um site de pornografia. Isso, isso!

E não inventei nada, tudo isso realmente existe na série.

Recomendo, dá pra perder boas horas com os Lestats amorosos e inadequados desta década. Bram Stoker chora, as meninas regozijam.

Mise en Scène

Daí que meu pai está internado no hospital do servidor público de SP. Mas agora está tudo mais tranquilo. Ele está num quarto, com uma cama, um rádio, jornais e uma TV. Prefiro escrever sobre estes assuntos depois que eles já se acalmaram para não soar tão rancoroso ou revoltado. Mas passou, certo. Perdi um dia de trabalho inesperado que pode custar minha estabilidade mental em outubro.

E talvez agora este blog volte definitivamente às suas atividades habituais.

Talvez.