Do verbo evitar

Hoje eu estou evitando.

Evitando comprar brigas aleatórias, responder e-mails sem necessidade, postar no Twitter qualquer porcaria que em três meses eu não entenderia o motivo.

Como disse outro dia, vou perder uns horários de almoço do começo de fevereiro procurando um lugar pra chamar de lar por uns tempos, aqui na região do trabalho. Só quero uma cama, uma TV com HDMI, um media player e uma estante pros livros. Um sistema de som bacana também não seria nada mal. Só quero um espaço pra me largar na tranquilidade que não tenho mais com tanta frequência na casa dos meus pais. E também são 26 anos de roupa passada, né, amigo, já expirou a licença do fabricante.

Nada demais, não briguei feio, nem coisa que o valha, na verdade não me vejo no direito de fazer isso (aliás, com ninguém). Só quero deixar eles e meu irmão por lá, vir trabalhar em 10 minutos, poder ligar em casa com saudade antes de dormir, trocar o chuveiro sozinho, esse tipo de sensação que faz a gente crescer de verdade.

Por enquanto, deixo aqui a melhor música (ou a que mais faz sentido em toda essa intempérie de pensamentos) do disco Oh Gravity! do Switchfoot, banda nova que conheci por um artifício do destino, ou da página de Loads do meu reader, que nunca falha.


Switchfoot, ‘Awakening’